Todo jogo tem um objetivo. E nas aulas não é diferente. Para evoluir, é preciso traçar objetivos com a sua turma, definindo aonde você quer chegar.
É por isso que neste artigo nós também temos uma meta fixada: mostrar a você a importância de traçar objetivos e como fazer isso nas suas aulas de basquete, através de exemplos que podem ser aplicados com os seus alunos.
Por que traçar objetivos no basquete é importante?
Muito provavelmente você já ouviu aquela famosa frase que diz: “para quem não sabe aonde vai, qualquer caminho serve”. E é justamente esse o primeiro ponto sobre a importância de traçar objetivos.
Ao planejar suas aulas, você sempre deve ter uma meta em vista. É ensinar as regras do esporte? É praticar o drible, o passe, o arremesso? É aprimorar o domínio de bola? É melhorar a coordenação motora?
Seja qual for o seu objetivo com a turma, ter metas bem definidas é essencial para o sucesso na prática do basquete. Assim você consegue observar todo o caminho, com a evolução dos estudantes e os pontos que precisam ser melhor trabalhados para chegar lá.
Vale lembrar também que você, enquanto professor de Educação Física, deve ter autonomia no estabelecimento das metas, sendo quem melhor conhece o esporte e as atividades físicas para conquistar melhores resultados no basquete com seus alunos.
Uma dica para facilitar a definição dos objetivos no basquete é dividir as aulas em 3 pontos específicos:
- No primeiro aspecto, de procedimentos, você deve trabalhar as habilidades motoras dos alunos, com foco na sua coordenação e consciência corporal.
Exercícios de controle do corpo, manejo da bola e fundamentos como passe, drible, arremesso, entre outros, são ótimos para desenvolver esses elementos.
- Outro ponto importante é de conceitos. Nele você deve ensinar aos seus alunos as regras do jogo e também as histórias do esporte, que ajudaram o basquete a se tornar tão popular.
Para deixar essa parte teórica, que costuma atrair pouco interesse, mais dinâmica, você pode investir em apresentações com vídeos de grandes jogadas, análises, entrevistas, depoimentos e outros feitos marcantes de jogadores reconhecidos, por exemplo.
- Por último, o terceiro ponto que deve ser trabalhado diz respeito às atitudes. É aqui que você inclui as normas e valores que envolvem a prática de um esporte.
É tudo que diz respeito ao comportamento dos alunos dentro das quadras, mas também fora delas, sendo um importante aspecto na formação de cidadãos éticos e íntegros.
Como traçar objetivos no basquete?
Há muitas formas de definir os objetivos com a sua turma de Educação Física. No caso das aulas de basquete, sugerimos um roteiro simples, mas completo, que você deve estruturar para cada fundamento a ser desenvolvido e avaliado. Em geral, essa sequência está mais relacionada ao aspecto dos procedimentos.
Cada objetivo deve levar em consideração o desenvolvimento de um fundamento por vez, com diferentes execuções e níveis de progressão que vão aumentando gradativamente a dificuldade. Assim você consegue acompanhar o progresso dos seus alunos de forma planejada.
Veja um exemplo de como aplicar nosso roteiro para o fundamento drible:
Para treinar e evoluir o drible com seus alunos, você deve deve dividir a execução em três formas: drible para a frente, drible para trás e crossover.
No drible para a frente, seus alunos treinam situações de ataque, no qual o jogador encontra espaço para avançar em velocidade.
No drible para trás, o trabalhado é a defesa. Aqui, os alunos aprendem a administrar o risco de perder a bola, evitando que isso aconteça quando estão pressionados por um marcador adversário.
E no crossover, também chamado de ankle breaker, um drible de “quebrar tornozelos”, trabalha-se a jogada de enganar o adversário, insinuando o movimento para um lado e indo para o outro, deixando o defensor desorientado e, muitas vezes, no chão.
Dribles para a frente e para trás
– Progressão 1:
Cada drible deve ser realizado de duas formas, primeiro usando a mão dominante e depois com a mão não dominante.
– Progressão 2:
A próxima etapa de cada drible, com uma mão por vez, deve ser feita parado e olhando para a bola.
– Progressão 3:
Nesta fase, em vez de executar os movimentos parado, o aluno deve executar o drible em movimento, ainda olhando para a bola.
– Progressão 4:
Por último, agora que os alunos já passaram por 3 níveis de dificuldade, a ação deve ser feita em movimento e sem olhar para a bola.
Crossover
– Progressão 1:
Nesta etapa, o drible deve ser realizado de 3 formas diferentes: pela frente do corpo, pelas costas e pelo tronco.
– Progressão 2:
As 3 formas da progressão 1 devem ser realizadas olhando para a bola.
– Progressão 3:
As 3 formas da progressão 1 devem ser realizadas sem olhar para a bola.
Agora é só praticar. A partir dessa sequência de progressão, você será capaz de criar suas próprias estruturas para avaliar os alunos de forma mais clara em cada etapa, fixando metas para avançar nos exercícios conforme o desenvolvimento das aulas.
Cabe a você adaptá-los à sua realidade e de seus alunos, definindo metas e objetivos para desenvolver sua turma com qualidade e eficiência cada vez maiores.
Nesta leitura, você viu como aplicar os princípios básicos para traçar os objetivos das suas aulas de basquete. E chegando ao fim deste artigo, podemos dizer: meta cumprida!