História do basquete feminino no Brasil

Publicado por: Jr. NBA

Nem só de marmanjos vive o basquete. Seja aqui, nos EUA ou ao redor do mundo, as mulheres também detonam em quadra no basquete feminino.

Com jogadas iradas e nomes marcados na história do basquete brasileiro, elas mandam bem quando o assunto é esse esporte tão incrível.

Veja agora como tudo começou, no mundo e no Brasil, assim como as principais conquistas do basquete feminino brasileiro, além conhecer as jogadoras que nasceram por aqui e chegaram a disputar a WNBA, maior liga de basquete feminino do mundo.

A origem do basquete

Primeiro de tudo, antes de falar do basquete feminino, a gente tem que falar da origem do esporte.

O ano era 1891 e o nome era James Naismith, um professor canadense de Educação Física que dava aulas nos EUA.

Preocupado com o forte inverno norte-americano, que atrapalhava as aulas, ele queria um esporte que pudesse ser praticado com qualquer tipo de clima, algo que funcionasse tanto no frio, em espaços fechados, quanto no calor, em áreas abertas.

Além disso, ele também tinha outros pré-requisitos em mente: deveria ser com bola, usando as mãos e com menos contato físico que o futebol americano.

Assim, foi dessa mistura que nasceu o nosso amado basquete, com regras um pouco diferentes, mas ainda o basquete.

Não demorou muito pra acontecerem as primeiras partidas, inicialmente entre os homens. E, com o tempo, o pessoal foi tomando cada vez mais gosto pela novidade, inclusive as mulheres.

Como surgiu o basquete feminino

É nesse cenário que uma mulher deu as caras. Seu nome? Senda Berenson. Nascida na Lituânia em 1868, ela foi morar nos EUA ainda criança, com 7 anos.

Em 1892, ela se tornou professora de Educação Física no Smith College. Nesse mesmo período, ficou sabendo do novo esporte, criado pelo colega um ano antes.

Curiosa, ela foi atrás e conseguiu até entrevistar o pai do basquete pra entender melhor a novidade. Logo na sequência, apresentou o esporte no Smith College.

Aqui, vale dizer que não foi só chegar e jogar. Vendo os treinos das suas alunas, ela resolveu adaptar algumas regras pra funcionar melhor com as mulheres, e acertou em cheio.

Assim, em 22 de março de 1893, aconteceu a primeira partida de basquete feminino que se tem notícia entre as alunas do Smith College.

Na arquibancada, foram 800 espectadoras. Isso mesmo! Apenas mulheres, já que a entrada de homens era proibida.

Alguns anos mais tarde, em 1899, foi criado o Women’s Basketball Rules Committee, oficializando as regras do basquete feminino de Senda Berenson.

Ela ainda presidiu o comitê de 1905 a 1917, e a sua contribuição foi fundamental pro desenvolvimento do esporte, tanto feminino quanto masculino.

Conheça a história do basquete feminino no Brasil

No Brasil, o novo esporte chegou pelas mãos do professor norte-americano Augusto Shaw, em 1896. Ele veio dar aula na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, e trouxe o basquete na bagagem.

O curioso é que, apesar do basquete masculino ter se desenvolvido mais rapidamente, o esporte fez sucesso primeiro entre as mulheres por aqui.

Com o tempo, o basquete feminino também foi se desenvolvendo. Em 1946 criaram a primeira Seleção Brasileira da categoria. Logo no primeiro ano, um grande resultado: o vice-campeonato no primeiro Campeonato Sul-Americano, abrindo as portas pra uma história vitoriosa.

Assim, as mulheres foram enfrentando os preconceitos da época e quebrando barreiras enquanto desenvolviam o esporte, mostrando que, sim, basquete também é coisa de mulher.

Principais conquistas do basquete feminino brasileiro

Pra comprovar a evolução das brasileiras no basquete, os resultados seguiram aparecendo de competição em competição.

Em 1971, por exemplo, veio a primeira medalha no Campeonato Mundial, de bronze.

Em 1992, a Seleção Brasileira de Basquete Feminino participou pela primeira vez dos Jogos Olímpicos, estando em todas as edições desde então. Esse, inclusive, é um período mágico do nosso basquete feminino, com medalha de ouro no Mundial de 1994 e prata nos Jogos Olímpicos de 1996.

Uma geração vitoriosa, recheada de estrelas como Hortência, Magic Paula e Janeth Arcain. Tudo isso em meio a muitas conquistas na Copa América, Jogos Pan-Americanos e Campeonato Sul-Americano.

É, quando o assunto é basquete, as mulheres representam o Brasil com um currículo de peso!

O basquete feminino do Brasil e a WNBA

Se o tema é basquete feminino, então não dá pra deixar de falar na maior liga da categoria no mundo!

A WNBA é a liga de basquete feminino dos Estados Unidos, equivalente à NBA, dos homens.

Fundada em 1996, a WNBA coleciona lances irados e jogadoras incríveis. E é óbvio que, com o nível do basquete feminino do Brasil, diversas brasileiras já marcaram presença por lá.

Brasileiras na WNBA

A mais famosa delas é Janeth Arcain, que jogou na liga americana de 1997 a 2005. Além de ser a primeira brasileira a atuar na WNBA, a armadora faturou nada menos que quatro títulos pelo Houston Comets, entre 1997 e 2000.

Além disso, em 2015, Janeth entrou pro Hall da Fama do Basquete Feminino, que reconhece as melhores do esporte.

Outra brasileira que disputou muitas temporadas na WNBA foi Iziane Marques. Entre idas e vindas, a ala-armadora passou 11 anos na liga, entre 2002 e 2013, defendendo seis times diferentes. Pelo Atlanta Dream, chegou duas vezes nas finais da WNBA.

Sem esquecer também de Érika de Souza, que chegou na WNBA em 2002 e já foi campeã na primeira temporada pelo Los Angeles Sparks. Depois disso, a pivô ainda foi três vezes selecionada pro All-Star Game, quando jogava pelo Atlanta Dream, onde conquistou três vice-campeonatos.

E pra encerrar, Damiris Dantas, a única brasileira presente na liga hoje em dia. A ala-pivô foi draftada em 2012 pelo Minnesota Lynx, franquia que defende atualmente.

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Como deu pra perceber, as brasileiras mandam bem no basquete feminino. Então, vale a pena ficar de olho nelas e acompanhar grandes disputas em quadra.

Quer saber também como é a presença das mulheres na NBA? Conheça quem são e como atuam nas comissões técnicas.
E pra ficar sempre por dentro do que acontece nas maiores ligas de basquete do mundo, continue de olho aqui no blog da Jr. NBA.

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