Quem acha que as mulheres ficam só na liga feminina tá muito enganado. Elas também fazem parte do dia a dia da NBA, a maior liga de basquete do mundo.
Seja na lateral das quadras ou nos bastidores, as mulheres da NBA estão conquistando cada vez mais espaço. Por isso, hoje você vai conhecer um pouco mais do cenário atual, quem são e onde marcam presença na NBA.
Presença feminina nas quadras
Representatividade importa! As franquias já estão percebendo isso. E a organização da NBA também.
Nesse cenário ainda pequeno, mas em crescimento, vale destacar o nome de Adam Silver. O comissário da NBA é um dos principais defensores de uma divisão mais equilibrada nos cargos técnicos da liga, como treinadoras, auxiliares e árbitras.
Afinal, mesmo em um meio onde tradicionalmente há mais homens, nada impede que as mulheres ocupem as mesmas posições, executando com a mais alta qualidade as funções que foram escolhidas.
Nesse sentido, o que também dá uma força na inclusão de mais mulheres na NBA é a liga feminina, que vem se mostrando melhor a cada temporada.
WNBA
A WNBA é a liga de basquete feminino dos Estados Unidos, sendo também a maior e mais importante do mundo na categoria. Nela sim o cenário muda, com forte presença feminina em todos os setores.
Além de ser fundamental para desenvolver o basquete feminino nos EUA e no mundo, por tabela a WNBA também ajuda a desenvolver a liga masculina.
Sendo um polo de estrelas do basquete feminino, é o melhor lugar pra encontrar profissionais mulheres no esporte. Assim como entre os homens, é comum que ex-jogadoras assumam cargos técnicos na liga depois da aposentadoria.
Então, por que não na NBA também? Bora empatar esse placar?
Quem são as mulheres iradas da NBA?
Mas afinal, quem são as mulheres que já estão arrebentando na liga masculina? Pra você conhecer melhor esse cenário, selecionamos 10 mulheres que atuam na lateral das quadras e uma ainda mais acima, na presidência.
Becky Hammon, San Antonio Spurs
Becky Hammon abriu portas pras mulheres na NBA. Ela foi a primeira a ser assistente técnica em tempo integral na liga, em 2014, no San Antonio Spurs.
E depois da expulsão do técnico Gregg Popovich numa partida contra o Lakers, em 2020, ela se tornou, também, a primeira treinadora principal numa partida oficial da NBA.
Tudo começou de forma inesperada. Após uma lesão que a tirou das quadras da WNBA, em 2013, foi convidada por Popovich a fazer alguns treinamentos e se tornou uma contratação em potencial.
Logo que se aposentou, no ano seguinte, depois de 16 temporadas na WNBA, foi contratada.
No entanto, em 2022 ela estará de volta à WNBA, agora como treinadora do Las Vegas Aces, antigo San Antonio Stars. Demais, né?
Jenny Boucek, Indiana Pacers
Jenny Boucek entrou na liga masculina como treinadora assistente no Sacramento Kings, em 2017.
Pouco tempo depois, ela decidiu engravidar, e estava disposta a sacrificar sua carreira na NBA pra isso.
Felizmente não foi preciso. Os Kings queriam segurar ela por lá, mas em meio às negociações ela foi parar no Dallas Mavericks como a primeira treinadora da história da franquia. Isso doze dias antes de dar à luz.
Desde 2021, ela está no Indiana Pacers, dando uma aula de como conciliar maternidade recente e basquete.
Karen Stack Umlauf, Chicago Bulls
Karen já era uma figura conhecida no Bulls, mas nos bastidores, como membro da equipe desde a temporada 84-85 e diretora sênior de administração.
Depois de passar por diversos cargos ao longo dos anos, ela decidiu que era hora de ir pras quadras. E assim foi a primeira treinadora assistente da franquia, em 2018.
No entanto, com a chegada de um novo técnico, em 2020, Karen não teve seu contrato renovado pras próximas temporadas.
Natalie Nakase, Los Angeles Clippers
Tendo começado como estagiária no Clippers, ela se tornou a primeira mulher a ser treinadora assistente de um time da NBA. Isso aconteceu durante a NBA Summer League de 2014.
Em 2018, ela virou assistente técnica da franquia em tempo integral, alternando entre o Los Angeles Clippers e o afiliado Agua Caliente Clippers, da NBA G League.
Já em 2022 ela vai para o Las Vegas Aces, na WNBA, como técnica assistente da treinadora Becky Hammon.
Kristi Toliver, Dallas Mavericks
Em 2018, enquanto jogava pelo Mystics na WNBA, Kristi foi contratada como assistente técnica pelo Wizards, sendo as duas franquias de Washington.
Foi a primeira vez que uma jogadora ativa na WNBA ocupou um cargo desses na NBA.
Não contente, ela repetiu o feito. Desde 2020, na WNBA ela defende as cores do Los Angeles Sparks. E em 2021 se tornou assistente técnica no Dallas Mavericks, na NBA.
Essa é multitarefa, hein?!
Lindsay Gottlieb, Cleveland Cavaliers
Treinadora de basquete feminino universitário, Lindsay foi parar no Cavs em 2019, como assistente técnica.
Foi a primeira treinadora da NCAA, a Associação Atlética Universitária Nacional, a fazer essa transição pra NBA.
Porém, em 2021, depois de uma ótima proposta, ela retornou ao basquete universitário como treinadora principal na equipe feminina de basquete da Universidade do Sul da Califórnia, a USC.
Lindsey Harding, Sacramento Kings
Além de ter sido a primeira mulher negra a ser olheira na NBA em tempo integral, pelo Philadelphia 76ers, foi também a primeira treinadora assistente da franquia, na temporada 18-19.
Em 2019, ela foi para Sacramento, como treinadora assistente e de desenvolvimento de jogadores do Kings.
Niele Ivey, Memphis Grizzlies
Depois de mais de uma década no basquete universitário, Niele chegou à NBA como técnica assistente no Memphis Grizzlies, em 2019, compondo a nova comissão da franquia.
Mas em 2020 o chamado foi mais forte e ela voltou pra sua universidade, a Notre Dame, agora como treinadora principal da equipe feminina de basquete.
Brittni Donaldson, Toronto Raptors
De analista de dados a assistente técnica, Brittni assumiu a função no Raptors com apenas 26 anos, em 2019, sendo a mais jovem assistente técnica da NBA.
Desde 2020, ela é assistente técnica no Raptors 905, afiliado do Toronto Raptors na NBA G League.
Teresa Weatherspoon, New Orleans Pelicans
Lenda da WNBA, Hall da Fama e ex-diretora da liga feminina, Teresa Weatherspoon é assistente técnica no Pelicans desde 2020.
Com certeza um nome que traz muito conhecimento e experiência pra franquia.
Jeanie Buss, Los Angeles Lakers
Por fim, não tão perto das quadras, mas no ambiente executivo, uma mulher é quem comanda uma das maiores franquias da NBA.
Jeanie Buss é CEO e proprietária do Lakers desde 2013, assumindo o posto que foi de seu pai. É ela quem representa a franquia no Conselho de Governadores da NBA.
Isso tudo faz dela a mulher mais poderosa do basquete norte-americano. E uma das pessoas mais poderosas do esporte. Pouca coisa, hein?!
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E aí, sabia que tinha tantas mulheres detonando na NBA?
A presença feminina na liga está crescendo a cada dia. E com muita força, dedicação e bons resultados, aos poucos a igualdade vai se tornando realidade no basquete.
Uma resposta
Legal a mulher ter mais espaço no basquete, mulheres incríveis que começaram essa luta para todas as mulheres poderem entrar para os esportes e mulheres maravilhosas lutando para fazer parte da história do basquete feminino