As jerseys da NBA são alguns dos maiores símbolos do basquete. Com diversas cores, estilos e números, essas camisas representam muito.
Mas você sabe o que significam os números impressos nelas? Ou melhor, como cada jogador escolhe qual vai usar? Chegou a hora de saber mais sobre a numeração de algumas jerseys que fizeram história e ficaram na memória dos torcedores.
Superstição, homenagem ou sorte?
As jerseys nada mais são que as camisas usadas pelos jogadores na NBA, normalmente regatas. Na frente, elas levam o nome da equipe e o número do jogador, e na parte de trás, nome e número do jogador.
Falando um pouco mais sobre elas, desde a temporada 2017-18, a Nike é a fornecedora oficial da NBA, substituindo a Adidas. E entre as novidades, além de ser a primeira marca a exibir seu símbolo nos uniformes em quadra, ela também revolucionou o próprio conceito dos uniformes.
Aposentando os clássicos fardamentos de time da casa e visitante, foi apresentado um novo conceito chamado de “coleções”. A partir dessa temporada, cada franquia passou a ter pelo menos quatro uniformes.
A Association Edition é a jersey branca, que todas as franquias usam e que substituiu a camisa de mandante.
Já a Icon Edition é a jersey colorida, em que cada franquia usa a sua cor. Aqui entra a clássica jersey amarela do Lakers, a vermelha do Bulls e a verde do Celtics, por exemplo.
Agora, sabe quando você quer botar moral num jogo? A Statement Edition é pra isso, passando uma mensagem forte sobre o time ou a cidade. É uma camisa pra ocasiões especiais, como grandes jogos e rivalidades.
E a City Edition é a camisa que faz referência à sede do time. Da cidade ao estado, de um bairro a um lugar famoso, de uma pessoa a uma data. Aqui vale a homenagem que a franquia escolher.
Existe ainda a Classic Edition, que só algumas franquias ganham por temporada, homenageando uniformes marcantes do passado.
Mas voltando aos números, e considerando que todo esporte possui as suas superstições, há quem diga que eles devem ser muito bem escolhidos.
Já outros usam o mesmo número de um ídolo para estampar a sua jersey, como forma de homenagem.
E ainda tem quem não ligue pra nada disso e não tenha problema em pegar um número qualquer.
Mas quando o assunto é significado, tem quem faça bonito nessa hora. Alguns dos principais nomes da liga americana não escolheram os números por acaso. Os motivos são diversos, e alguns são carregados de sentimento, emocionando quem conhece sua história.
Confira alguns números de jerseys e seus significados
#30 – Stephen Curry
Um dos melhores arremessadores da história do basquete, o armador do Golden State Warriors não escolheu o seu número por acaso.
Como dizem por aí: “tal pai, tal filho”. E Curry escolheu o 30 justamente por causa do seu pai, Dell Curry, que jogou na NBA de 1986 a 2002. Um dos maiores cestinhas da história do Charlotte Hornets, adivinha qual número estampava sua jersey? O 30, claro!
#6 – LeBron James
Depois de muitos anos usando a camisa 23, em homenagem ao ídolo Michael Jordan, na temporada atual LeBron voltou a vestir o 6. É o número com o qual conquistou dois títulos da NBA pelo Miami Heat e dois ouros olímpicos, em 2008 e 2012.
A jersey com o 6, que ele também usa na sua recente aventura em Space Jam: Um Novo Legado, é uma homenagem a outro ídolo, Julius Erving, ou “Dr. J”.
#23 e #45 – Michael Jordan
E já que falamos dele, Michael Jordan marcou suas jerseys com dois números. Tudo começou quando ainda era pequeno, com o 45, em homenagem ao seu irmão Larry, que já usava o número. Mas quando os dois entraram para o mesmo time da escola, o caçula Michael teve que mudar.
Muito prático, apenas dividiu 45 por 2 (que dá 22,5) e arredondou pra 23. É, jerseys lendárias também nascem na base da matemática!
Quando ele se aposentou pela primeira vez e foi jogar baseball, escolheu o 45 das suas origens. E dois anos depois, quando voltou pra NBA, resolveu manter esse número. Os motivos: o 23 era o número que seu pai, assassinado anos antes, via ele usar. E a jersey 23 estava aposentada pelo Bulls.
Mas como lenda é lenda, Michael Jordan e o 23 não ficaram separados por muito tempo. Em uma partida contra o Magic (derrota do Bulls), Nick Anderson, jogador adversário, declarou que Jordan não era o mesmo com a 45. Era o que faltava!
Assim, a mudança durou apenas 22 jogos. E no 23º jogo lá estava ela de volta, a lendária camisa 23 de Michael Jordan, que levou o Bulls a 6 títulos da NBA.
#3 – Chris Paul
Sabe quando a gente tem vários amigos com o mesmo nome e precisa de um jeito de identificar? Com o armador do Suns é assim.
Seu pai, Charles Edward Paul, é conhecido por CP. Seu irmão mais velho também é Charles Paul, e também chamado de CP. Então nessa família cheia de criatividade, Chris é o terceiro CP, por isso o número 3 (agora imagina a confusão em casa). Curioso, né?
#9 – Tony Parker
Filho de um jogador de basquete norte-americano e uma modelo holandesa, Parker nasceu na Bélgica, mas cresceu na França.
Nessa mistura cultural toda, seu padrinho, Jean-Pierre Staelens, foi sua grande influência após a separação dos pais.
Infelizmente, o ex-jogador de basquete francês, que iniciou Parker no esporte, faleceu em 1999. Assim, quando entrou para a NBA, no San Antonio Spurs, Parker adotou a jersey 9 como homenagem ao mentor.
#35 – Kevin Durant
Esse é outro caso de homenagem a uma figura paterna. Charles “Big Chucky” Craig foi seu primeiro técnico no basquete, aos 8 anos.
No entanto, quando Durant tinha 16, seu técnico, amigo e mentor foi morto na saída de um bar, depois de uma discussão. Craig tinha 35 anos na época. Assim, quando entrou na NBA, esse foi o número escolhido por KD pra sua jersey.
Atualmente defendendo as cores do Brooklyn Nets, Kevin Durant mudou para a camisa 7.
E aí, curtiu? Agora você conhece um pouco mais sobre a numeração que estampa as jerseys de grandes astros, uma curiosidade que deixa tudo ainda mais interessante.